terça-feira, 11 de outubro de 2011

EU FUI ASSISTIR


Na noite de ontem, segunda-feira, 10, na sessão das 18h50, na Sala 1 do Orient Cineplace quase lotada para outra visão do documentário "Bahêa, Minha Vida", do feirense Márcio Cavalcante. Grupos de amigos, famílias com crianças, muitos vestidos com a camisa do Bahia. Risos, vibração, emoção.
Realmente ao assistí-lo, passou um filme na minha mente ao lembrar dos meus primordios de vida, quando meu saudoso Pai me levava ao Jóia da Princesa. Papai sempre foi Bahia, torcedor e sócio de carteirinha por muitos anos - meu pai, para quem não sabe era um atleta, segundo ele exímio marcador. Mas não torci pelo Bahia pela influência dos meus irmãos Natercio e Oliveiros, torcedores do Fluminense de Feira se estendendo quando papai tinha uma bomboniere na Sales Barbosa e a séde do Touro fica logo atrás na Rua Tertuliano Carneiro. Dimas, torcia pelo Bahia de Feira e pelo Botafogo, Natercio pelo Vasco e Oliveiros pelo Flamengo, como eu também. Natercio era anti-Bahia e deixou de ir ao estádio justamente por causa de um bagaço de laranja que atingiu suas costas em um dia de casa cheia no Jóia: Flu X Bahia.
Na minha mente as presenças vivas de Papai e de Oliveiros que estão no céu, juntos com Mamãe e Roberto. Um detalhe é que papai já curtindo a sua aposentadoria fazia questão de mostrar a canela direita rôxa fruto de um lance brusco de um desleal adversário.
O filme é um bonito e emocionante documentário, cheguei a conviver com Leone, quando a pedido de Everton Cerqueira, fui a Salvador para trazê-lo para treinar o Fluminense em meados de 90. Não sabia que Edmundo Pedreira Franco, grande tricolor, havia falecido... Edmundo foi professor de meu filho Júnior, aqui no Acesso, e era um excelente papo, bom de conversa. Baiaco sempre o vejo em São Francisco do Conde, jogando dominó com amigos. O Ginásio de Esportes leva o seu nome. Beijoca quase que sempre agente se encontra em Salvador. Lembro-me quando Zé Coió o trouxe para treinar o Fluminense, os causos que contava e a experiencia de vida que passava. O Bobô, craque de ontem, ápice do tíulo de campeão brasileiro em 88 pelo clube, é o Raimundo Nonato hoje diretor geral da Sudesb.
Documentário excelentes contendo a participação de renomados jornalistas como Juca Kfoury, Marcelo Barreto e Paulo Leandro, com as participações do magnífico estrategista Evaristo de Macedo, de Sapatão, Charles, Zé Carlos, Ronaldo que fizeram história com a camisa do Bahia.
Nossa, teve momentos que imaginei um filme sobre o Fluminense de Feira, maior orgulho da Princesa do Sertão, uma das maiores forças de torcida do interior do norte-nordeste. Como adoraria que o "meu" Flu não andasse tanto na contra mão da história e lembrei de Ubirajara; Ubaldo, Sapatão, Mario Braga e Nico; Merrinho e Delorme; Jurinha, João Daniel, Freitas e Marcos Chinês - campeão baiano de 1969 -.
Voltando ao filme, agradecer ao crítico de cinema Dimas Oliveira, a oportunidade de voltar ao cinema depois de muito tempo e como amante do futebol me emocionar com a "magia" chamada Bahêa que tem, sem dúvidas, a mais apaixonada torcida do nosso futebol. Parabéns a Marcio Cavalcante... extensivos à toda galera tricolor de aço, onde incluo meu Pai, meu saudoso papai (olha Ele de novo, tem que ser, tenho que sempre evocar o passado lembrando do meu pai Carlos Simões de Oliveira), que procurava sempre trocar pilhas do seu radio para ouvir as narraçoes de Nilton Nogueira, Djalma Costa Lino, Itajay Pedra Branca e os comentários dos saudosos Armando e Dourival Oliveira.
Aconselho a Everaldo Góis, levando Giovani, José Carlos Fernandes, José Wilton Cerqueira dentre outros amigos mais chegados a correrem ao cinema, levem lenços principalmente das cores azul, vermelha e branca. Salve o Bahia.
No final do filme, aplausos e gritos histéricos e apaixonados de "Bahêa"!

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