O presidente da CBF, que completou ontem, dia 16 de janeiro, 20 anos no poder, é o único dirigente de alto escalão que continua no futebol entre os 17 que tiveram indiciamento pedido no relatório da CPI do Futebol, em 2001. Ricardo Teixeira foi acusado de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e mais dez irregularidades. O relatório final da CPI, porém, mesmo aprovado por unanimidade por seus integrantes, acabou não sendo levado adiante pelo Ministério Público.
Além do presidente, dois denunciados mantiveram o cargo, ambos na CBF: o secretário-geral Marco Antônio Teixeira, tio de Ricardo, e o diretor de marketing José Salim. Os outros 12 (dois faleceram), após sete anos, não têm o mesmo emprego.
Enquanto dirigentes como Edmundo dos Santos Silva, Eduardo José Farah e Samir Abdul-Hak sumiram do mapa do futebol, o presidente da CBF ampliou sua área de influência. No ano passado, visitou e foi visitado pelos governadores dos estados brasileiros, que desejam diferentes "pedaços" da Copa de 2014. Enquanto uns lutam pela abertura, outros se candidatam a território de aclimatação. Em comum, a bajulação ao presidente.
Em 2008, houve tentativa de instaurar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar lavagem de dinheiro no futebol brasileiro. Os mentores juram que deputados retiraram as assinaturas que aprovavam o projeto por lobby de Ricardo Teixeira, que usou a Copa como argumento para não manchar o futebol do país.
Os outros citados no Relatório da CPI do Futebol
Eduardo José Farah, ex-presidente da Federação Paulista de Futebol. Acusado por apropriação indébita, evasão de divisas, perjúrio, obstrução ao trabalho da comissão e lavagem de dinheiro. Deixou a FPF em 2003 e desapareceu do cenário do futebol paulista. Pedro Yves Simão, ex-presidente da Federação Paulista de Futebol, comandou o São José e foi prefeito de São José dos Campos. Acusado por apropriação indébita, desobediência à ordem judicial e crime contra o sistema financeiro. Sem ação no futebol. Elmer Guilherme, ex-presidente da Federação Mineira de Futebol. Acusado por falso testemunho e gestão temerária. Sua família estava há 35 anos no comando do futebol mineiro. Após investigações, teve sua prisão pedida. Escapou, mas longe do futebol. Reinaldo Pitta, ex-empresário do atacante Ronaldo. Acusado por prestar informação falsa. Chegou a ser preso em 2003 e 2005. Hoje, é procurador de jogadores como Fabrício, do Cruzeiro. Eduardo Viana, ex-presidente da Federação Estadual do Rio de Janeiro. Acusado por administração imprudente e temerária. Faleceu em agosto de 2006. Antes, havia deixado o cargo duas vezes, em razão das acusações, mas conseguiu retornar em ambas. Samir Abdul-Hak, ex-presidente do Santos. Acusado por apropriação indébita, sonegação fiscal, falsidade ideológica, gestão temerária e evasão de divisas. É conselheiro do clube, sem influência. José Paulo Fernandes, ex-vice-presidente do Santos. Acusado por apropriação indébita. Conselheiro do clube, tem uma transportadora. Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco. Acusado por apropriação indébita, falsidade ideológica, crimes eleitorais e tributários, quebra de decoro parlamentar e tentativa de obstruir os trabalhos da comissão. Afastado no ano passado da presidência. Antônio Soares Calçada, Mário Cupello e Paulo Sérgio Reis, ex-dirigentes do Vasco. Acusados por prestarem informação falsa. O primeiro é benemérito do clube. O segundo faleceu em janeiro de 2003. O terceiro saiu com Eurico Miranda.
Edmundo dos Santos Silva, ex-presidente do Flamengo. Acusado por falso testemunho, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, crime contra a ordem tributária e apropriação indébita. Deposto em 2002. Antônio Augusto Dunshee de Abranches, ex-presidente do Flamengo. Acusado por falso testemunho. Está afastado do futebol. Vanderlei Luxemburgo, ex-técnico da Seleção Brasileira. Acusado por crimes tributários. Demitido da CBF, hoje é técnico do Palmeiras e perdeu momentaneamente espaço na luta para retornar à Seleção. Marco Antônio Teixeira, secretário-geral da CBF. Acusado por envolvimento em negócios irregulares. Tio de Ricardo Teixeira, segue no cargo. José Salim, diretor de marketing da CBF. Acusado por envolvimento em negócios irregulares. Dirigente de Teixeira, segue no cargo.
Além do presidente, dois denunciados mantiveram o cargo, ambos na CBF: o secretário-geral Marco Antônio Teixeira, tio de Ricardo, e o diretor de marketing José Salim. Os outros 12 (dois faleceram), após sete anos, não têm o mesmo emprego.
Enquanto dirigentes como Edmundo dos Santos Silva, Eduardo José Farah e Samir Abdul-Hak sumiram do mapa do futebol, o presidente da CBF ampliou sua área de influência. No ano passado, visitou e foi visitado pelos governadores dos estados brasileiros, que desejam diferentes "pedaços" da Copa de 2014. Enquanto uns lutam pela abertura, outros se candidatam a território de aclimatação. Em comum, a bajulação ao presidente.
Em 2008, houve tentativa de instaurar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar lavagem de dinheiro no futebol brasileiro. Os mentores juram que deputados retiraram as assinaturas que aprovavam o projeto por lobby de Ricardo Teixeira, que usou a Copa como argumento para não manchar o futebol do país.
Os outros citados no Relatório da CPI do Futebol
Eduardo José Farah, ex-presidente da Federação Paulista de Futebol. Acusado por apropriação indébita, evasão de divisas, perjúrio, obstrução ao trabalho da comissão e lavagem de dinheiro. Deixou a FPF em 2003 e desapareceu do cenário do futebol paulista. Pedro Yves Simão, ex-presidente da Federação Paulista de Futebol, comandou o São José e foi prefeito de São José dos Campos. Acusado por apropriação indébita, desobediência à ordem judicial e crime contra o sistema financeiro. Sem ação no futebol. Elmer Guilherme, ex-presidente da Federação Mineira de Futebol. Acusado por falso testemunho e gestão temerária. Sua família estava há 35 anos no comando do futebol mineiro. Após investigações, teve sua prisão pedida. Escapou, mas longe do futebol. Reinaldo Pitta, ex-empresário do atacante Ronaldo. Acusado por prestar informação falsa. Chegou a ser preso em 2003 e 2005. Hoje, é procurador de jogadores como Fabrício, do Cruzeiro. Eduardo Viana, ex-presidente da Federação Estadual do Rio de Janeiro. Acusado por administração imprudente e temerária. Faleceu em agosto de 2006. Antes, havia deixado o cargo duas vezes, em razão das acusações, mas conseguiu retornar em ambas. Samir Abdul-Hak, ex-presidente do Santos. Acusado por apropriação indébita, sonegação fiscal, falsidade ideológica, gestão temerária e evasão de divisas. É conselheiro do clube, sem influência. José Paulo Fernandes, ex-vice-presidente do Santos. Acusado por apropriação indébita. Conselheiro do clube, tem uma transportadora. Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco. Acusado por apropriação indébita, falsidade ideológica, crimes eleitorais e tributários, quebra de decoro parlamentar e tentativa de obstruir os trabalhos da comissão. Afastado no ano passado da presidência. Antônio Soares Calçada, Mário Cupello e Paulo Sérgio Reis, ex-dirigentes do Vasco. Acusados por prestarem informação falsa. O primeiro é benemérito do clube. O segundo faleceu em janeiro de 2003. O terceiro saiu com Eurico Miranda.
Edmundo dos Santos Silva, ex-presidente do Flamengo. Acusado por falso testemunho, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, crime contra a ordem tributária e apropriação indébita. Deposto em 2002. Antônio Augusto Dunshee de Abranches, ex-presidente do Flamengo. Acusado por falso testemunho. Está afastado do futebol. Vanderlei Luxemburgo, ex-técnico da Seleção Brasileira. Acusado por crimes tributários. Demitido da CBF, hoje é técnico do Palmeiras e perdeu momentaneamente espaço na luta para retornar à Seleção. Marco Antônio Teixeira, secretário-geral da CBF. Acusado por envolvimento em negócios irregulares. Tio de Ricardo Teixeira, segue no cargo. José Salim, diretor de marketing da CBF. Acusado por envolvimento em negócios irregulares. Dirigente de Teixeira, segue no cargo.
Com tudo isso, e ainda ileso, Ricardo Teixeira justifica o título de "O INTOCÁVEL" do nosso futebol.
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