De acordo com informações da imprensa gaúcha, Rabicó entrou em quadra duas vezes, a última delas no segundo tempo, quando marcou um dos gols da Assaf na derrota por 6x3. Depois do cronômetro zerado, o jogador desmaiou enquanto concedia entrevistas. Ele ainda foi levado ao Hospital de Santa Cruz - distante 150 km de Porto Alegre - mas não resistiu a uma parada cardiorrespiratória.
O corpo será enterrado em Santa Cruz neste sábado (2) e uma das maiores dificuldades do clube é localizar parentes de Rabicó. Ele não era casado nem tinha filhos. Seus pais já são falecidos.
Ex-dirigente da Votorantim, o presidente da Federação Pernambucana de Futsal, Édson Nogueira, foi o responsável pela vinda do pivô para Pernambuco. Ele lamentou profundamente a notícia. "Ele me tinha como um pai e estou muito, muito triste. Rabicó não tinha maldade nenhuma. Era um coração tão grande que tinha que morrer numa quadra. Fica uma lacuna monstruosa no futsal brasileiro", disse.
Os dois falavam-se constantemente mesmo com a distância - Rabicó defendeu várias equipes do Rio Grande do Sul nos últimos anos - e, ao comentar seu comportamento, Edinho lembrou que o jogador só fazia mal a si mesmo. "Ele só foi ruim com ele mesmo, não via o dia de amanhã. Mas era uma pessoa carismática e de boa índole. Se ele só tivesse cem reais e você pedisse, ele lhe dava tudo", contou.
O ex-supervisor da Votorantim, Luiz Cláudio, lembrou que Rabicó jamais apresentara problemas de saúde quando defendia a equipe pernambucana. "Os exames eram feitos a cada seis meses e ele nunca apresentou nada. Mas ele estava um pouco acima do peso. Fora de quadra não se cuidava muito mas quando entrava para jogar sempre foi um jogador de referência, goleador", lembra.
Nos anos 1990, Rabicó chegou a ensaiar um ingresso no futebol de campo. Treinou alguns meses no Náutico mas não se adaptou e voltou às quadras.
Fonte: JC Online
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