domingo, 18 de setembro de 2011

PARABÉNS MINHA FEIRA QUERIDA

178 ANOS DE FEIRA DE SANTANA



Feira de Santana é um município brasileiro do estado da Bahia, situado a 107 km de sua capital, Salvador, à qual se liga através da BR-324. Feira é a segunda cidade mais populosa do estado e maior cidade do interior nordestino em população, ou seja, é a maior cidade de toda a região Nordeste do Brasil que não seja capital de um estado. É também sede da região metropolitana de mesmo nome, a Região Metropolitana de Feira de Santana.

Localiza-se a 12º16'00" de latitude sul e 38º58'00" de longitude oeste, a uma altitude de 234 metros. Sua população recenseada pelo censo do IBGE em 2010 era de 556 756 habitantes.

Ganhou de Ruy Barbosa, o Águia de Haia, a alcunha de "Princesa do Sertão", apesar de localizada no agreste baiano, e possui alguns dos melhores índices do estado: o segundo maior acesso à rede de esgoto da região; o maior centro de abastecimento do Norte-Nordeste; além de internet gratuita à população, fornecida nas praças no centro da cidade e no conjunto Feira V (ao lado da Capela São Francisco de Assis), servindo cerca de 35 mil usuários diários em média no município.

A cidade encontra-se num dos principais entroncamentos de rodovias do Nordeste brasileiro, é onde ocorre o encontro das BRs 101, 116 e 324, funcionando como ponto de passagem para o tráfego que vem do Sul e do Centro Oeste e se dirige para Salvador e outras importantes cidades nordestinas. Graças a esta posição privilegiada e à distância relativamente pequena de Salvador, possui um importante e diversificado setor de comércio e serviços, além de indústrias de transformação e a Universidade Estadual de Feira de Santana, com 21 cursos, além de seis faculdades particulares, um aglomerado industrial focada na área alimentícia e na produção de biodiesel, e uma complexa fábrica de aviões ultraleves, ao lado do aeroporto existente no município.

HISTÓRIA

Alguns cognomes dados à Feira de Santana: "Princesa do Sertão" (Ruy Barbosa), "Porta Áurea da Bahia" (Pedro Calmon), "Cidade Patriótica" (Heroína Maria Quitéria), "Cidade Escola" (Pe. Ovídio de São Boaventura), "Cidade Formosa e Bendita" (Poetisa Georgina Erismann) "Cidade Progresso" (Jânio Quadros).


Monumento no centro histórico da cidade. A cidade originou-se de uma fazenda da paróquia de São José das Itapororocas. A Fazenda recebia o nome de Santana dos Olhos D'água e ali passava a estrada das boiadas, onde passava-se com o gado que deveria ser vendido em Salvador, Cachoeira e Santo Amaro. Os donos daquela fazenda eram católicos fervorosos e construíram uma capela em louvor a Nossa Senhora Santana e São Domingos. Com o movimento de vaqueiros e viajantes, formou-se uma feirinha.

Quando da sua fundação no século XVIII os poucos moradores existentes saciavam sua sede com a água existente nos "Olhos D'Água", fonte localizada na fazenda dos colonizadores Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandoa e ainda nos diversos minadouros e tanques da cidade. Afirma-se que o grande propulsor do desenvolvimento feirense foi a atividade pecuária.

As primeiras medidas para transformar no que é hoje Feira de Santana, começaram com a criação da vila em 13 de novembro de 1832. O Município e a Vila foram criados no dia 9 de maio de 1833, quando o governo elevou o então povoado a Vila, com a denominação de Villa do Arraial de Feira de Sant’Anna, com o território desmembrado de Cachoeira, constituídas pelas freguesias de São José das Itapororocas (sede), Sagrado Coração de Jesus do Perdão e Santana do Camisão, atual município de Ipirá.

A Lei provincial nº 1.320, de 16 de junho de 1873, elevou a vila à categoria de cidade, como o nome de Comercial Cidade de Feira de Sant'Anna.

A arborização do município deu-se em 1888. Consta, ainda, que as praças e ruas existentes foram alargadas e iluminadas com 120 lâmpadas. A iluminação era feita por um motor dinamarquês.


A cidade sofreu grande urbanização a partir da década de 1960. Na imagem, o bairro Kalilândia.
O município passou a obter crescente arrecadação com IPTU e ICMS com o seu desenvolvimeto nas últimas décadas. Na imagem, inscrição na avenida Getúlio Vargas. No ano de 1957 quando Feira de Santana já havia sido batizada definitivamente com este nome que prevalece até os dias atuais, encanou-se água que era captada da Lagoa Grande, localizada perto do hoje conhecido bairro Santo Antônio dos Prazeres.

Enquanto até então a cidade crescia lentamente, a partir da década de 1960 a cidade intensificou seu crescimento demográfico: A população da cidade que era de 131.707 pessoas no censo de 1970, mais que quadruplicou em 40 anos, com uma média de crescimento populacional de 4,76% ao ano, porcentagem de crescimento inclusive maior do que a da maioria das capitais brasileiras no mesmo período, quando a média nacional era de 3,6%.

De fato, quem morou na cidade desde a década de 1970 se lembra que a urbanização da cidade começava a transpor a avenida do Contorno, havia poucas linhas de ônibus se comparado aos números atuais, não havia distinção entre bairros residenciais e comerciais na cidade, edificações com altura de no máximo cinco andares, além de não haver significativos núcleos industriais baianos fora da cidade de Salvador, e nem existia universidade e nem aeroporto na cidade.

Novas entidades e realizações surgiram então: A fundação da Associação Comercial e do Feira Tênis Clube, a abertura de estradas municipais, o início da construção e conclusão da nova Rodovia Feira-Salvador, a inauguração da Radio Sociedade de Feira de Santana, pavimentação de ruas arteriais da cidade, a construção da Biblioteca Municipal e do Matadouro Municipal, a inauguração do Fórum Felinto Bastos, da atual Estação Rodoviária e do Parque Agropecuário João Martins da Silva.

Em 1967 foi fundado o Centro das Indústrias de Feira de Santana, e em 1970 criou-se em Feira de Santana o Centro Industrial do Subaé, que apoia as indústrias instaladas proporcionando meios para que as novas indústrias sejam ampliadas. A recepção de indústrias e sequenciais ganhos de infra-estrutura no município desde então fizeram a cidade ter características benéficas e maléficas de grandes centros urbanos, como por um lado a demanda de mão de obra especializada, acentuação na desigualdade social, aumento de ocorrências policiais, congestionamentos de trânsito nas áreas centrais da cidade, e por outro lado, ampliação de cursos de ensino superior (privados e públicos), expansão do saneamento e do transporte público, etc; ou seja, a cidade ganhou típicas características de uma capital regional.

O município de Feira de Santana está localizado na zona de planície entre o Recôncavo baiano e os tabuleiros semi-áridos do nordeste baiano. Faz divisa com 12 municípios: Anguera (norte); Antônio Cardoso (sul); Candeal (norte); Conceição do Jacuípe (leste); Coração de Maria (leste); Ipecaetá (oeste); Santa Bárbara (norte); Santanópolis (leste); Santo Amaro da Purificação (leste); São Gonçalo dos Campos (sul); Serra Preta (oeste); e Tanquinho (norte).

O Governo Federal começou em 2010 o projeto de instalar a Região Metropolitana de Feira de Santana (RMFS), através de um projeto protocolado[desambiguação necessária] pelo deputado federal Colbert Martins. Os 15 municípios a formar a RMFS são: Riachão do Jacuípe, Candeal, Tanquinho, Santa Bárbara, Santanópolis, Ipirá, Feira de Santana, Serra Preta, Coração de Maria, Conceição do Jacuípe, Amélia Rodrigues, São Gonçalo dos Campos, Antônio Cardoso, Ipecaetá e Anguera. Em 18 de junho de 2011 a Assembleia Legislativa da Bahia aprovou a criação da região, a primeira região metropolitana do estado fora da capital, e em 6 de julho do mesmo ano o governador Jaques Wagner sancionou o projeto, criando oficialmente a Região Metropolitana e fazendo com que ela entre em vigor já no dia seguinte, 7 de julho de 2011.

A conurbação com o bairro Tapera (do município de São Gonçalo dos Campos) é muito evidente, e pode também ser visto por mapas de satélite, uma vez que várias residências de classe média ocupam toda extensão da avenida Subaé, avenida que liga o bairro Tomba (em Feira) ao bairro Tapera, em São Gonçalo dos Campos.

Possui uma área de 1 363 km², sendo reconhecida como o portal do sertão por estar situada no ínicio do agreste baiano. A sede possui 111 km².


Paisagem típica dos arredores da cidade, uma zona de transição do agreste (ao leste da cidade) para o sertão (ao oeste da cidade).Em relação à hidrografia, os principais elementos são: Rio Subaé, o menos caudaloso do município, porém permanente. O Pojuca, o Jacuípe, diversas lagoas, alguns riachos e várias fontes nativas.

O solo contém: argila, caulim, areias, arenitos, granulitos e minerais. Destes elementos são explorados apenas: areia, argila e pedras para construção que também são, industrialmente transformadas em várias espécies de britas e tipos de pedra.

Feira de Santana está a 324 metros acima do nível do mar tendo como referência a Igreja Senhor dos Passos. O relevo é um conjunto de tabuleiros, planaltos e esplanadas. Nota-se no município a presença de algumas serras: Serra da Agulha, Cágado, Serra Grande, São José, Branco, Santa Maria e Boqueirão. Nenhuma destas ultrapassa os 300 m de altura.

A vegetação está relacionada com as chuvas de outono e inverno. É constituída de matas que se transformam em cerrados, à medida que se aproxima do centro da cidade. A caatinga, de solo raso, predomina no norte e oeste. A vegetação é xenófila (de região seca) com arbustos espinhosos (mandacaru, xique-xique, palma e outros cactáceos) e de gramíneas ralas que acumulam água e têm raízes profundas. A vegetação predominante é a caatinga.

O clima é considerado tropical, úmido e semi-árido, sendo que a sua estação chuvosa vai de março a setembro, com um índice pluviométrico variando de 900 a 1 200 mm anuais. Sua temperatura média é de 26,5 graus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário