terça-feira, 15 de novembro de 2011

15 DE NOVEMBRO - DIA DO ESPORTE AMADOR


Nesta terça-feira, 15 de novembro, comemora-se também o dia do Esporte Amador. Parabéns aos nossos desporistas, dentre eles muitos anônimos que praticam esporte de toda a natureza não só em Feira de Santana, como no nosso Brasil.
Amador é aquele que pratica qualquer arte ou esporte por prazer. Esta explicação, entretanto, não diz tudo. De acordo com esta definição, qualquer um pode ser amador em qualquer esporte.
De fato, certos esportes e modalidades podem ser exercidos por diferentes pessoas, em diferentes condições físicas. A maioria das atividades, no entanto, requer conhecimentos aprofundados, treinamento rigoroso, adaptação de estilo de vida e muitas vezes, o acompanhamento de um especialista - seja na área médica ou técnica.
Isto significa que paixão não basta na hora de se dedicar a esta ou àquela atividade. É preciso mais, principalmente quando se trata do amadorismo em esportes de aventura ou, ainda, os ditos “radicais”.
Desta maneira, o esporte amador atualmente assume outro sentido. Diferentemente do que é corrente, não é apenas o grupo formado por todos os esportes que não sejam o futebol - esporte que agrega o maior número de patrocinadores.
Refere-se mais à prática sem patrocínio do que, propriamente, à atividade de lazer sem a necessidade de aprofundados conhecimentos.

MENS SANA IN CORPORE SANO
A célebre frase latina mens sana in corpore sano (mente sã em corpo são) ilustra o fato de que o homem sempre sentiu necessidade de exercitar seu corpo para poder alcançar um equilíbrio psíquico completo.
Em geral se consideram esportes as atividades de recreio ou competitivas que exigem certa dose de esforço físico ou de habilidade. Podem ser individuais ou coletivos. No passado só eram considerados esportes as atividades recreativas praticadas livremente, como a pesca e a caça, em contraposição aos jogos, competições atléticas organizadas de acordo com regras determinadas. A distinção entre esportes e jogos hoje é menos clara, e com freqüência os dois termos são usados de forma indistinta.
Desde o início, o objetivo principal do esporte foi a conservação ou o incremento de atributos físicos como a agilidade ou a força. O esporte ajuda também a fomentar certas qualidades espirituais como a coragem, a disciplina e a constância. Não obstante, fica patente também que a finalidade concreta de toda atividade desportiva organizada está em conseguir recordes -- os melhores resultados possíveis na prática de algum esporte -- ou em derrotar um oponente; daí a organização dos campeonatos ou desafios desportivos, que se realizam a intervalos determinados.
Todo esporte pressupõe um fator de competitividade, que induz o desportista a lutar e a se esforçar por vencer uma série de dificuldades frente a um adversário. Normalmente o adversário é um outro desportista, mas nem sempre é assim, já que às vezes o objeto da luta é vencer a própria natureza ou enfrentar a sorte.
História. Todos os esportes implicam uma atividade física, e pode-se supor que derivaram de habilidades básicas para a caça. Como formas de interação social, exibição de força física e divertimento, os esportes surgiram com as civilizações. Culturas antigas como a egípcia e a chinesa já conheciam alguns esportes, mas essas atividades alcançaram seu desenvolvimento máximo na Grécia.
Antigüidade clássica. Dentre todos os jogos que se celebravam na Grécia, os mais famosos eram os Jogos Olímpicos - que tinham lugar em Olímpia, em honra de Zeus. Realizados a intervalos de quatro anos, ocupavam um lugar tão importante na vida do país, que o tempo era medido pelo intervalo entre eles. Disputavam-se luta, corridas a pé, salto em distância, lançamento de disco e de dardo. Não se permitiam a presença de mulheres, nem mesmo como espectadoras. Os vencedores recebiam como prêmio apenas uma coroa de louros e eram tidos como heróis.
Um fator que influiu decisivamente na história do esporte foi a bola. Egípcios, gregos, persas, romanos e índios americanos estavam familiarizados com ela. As primeiras bolas utilizadas eram simples bexigas cheias de ar. Quando se aperfeiçoaram as técnicas de trabalho em couro, foi possível fazer bolas de vários tamanhos e formas. Logo se descobriu como lançá-las mais longe e com maior força, por meio de paus ou bastões.
A Grécia foi dominada por Roma em meados do século II a.C. e os Jogos Olímpicos logo perderam importância, até serem proibidos pelo imperador Teodósio em 393 da era cristã. Os romanos apreciavam jogos, mas as disputas atléticas ocupavam lugar secundário. O público preferia a exibição de violência, em especial a luta, e os jogos e competições tinham caráter marcadamente militar. A principal diferença entre a atitude grega e a romana era que os gregos organizavam seus jogos para os atletas; os romanos para o público. Para os primeiros, eram antes de tudo uma competição; para os segundos, entretenimento.
Da Idade Média até o século XIX. Após a queda do Império Romano, as práticas desportivas sofreram enorme decadência. Durante a Idade Média verificou-se uma acentuada diferenciação entre as atividades das classes altas e baixas. Enquanto os nobres se dedicavam a desenvolver suas aptidões guerreiras em torneios e combates, além de praticar a equitação e a caça, o povo tinha grande apego aos jogos de bola.
No Renascimento continuaram a ser cultivadas as mesmas atividades desportivas. Não obstante, houve um abrandamento na violência dos torneios, em consonância com as novas concepções humanistas.
Mundo moderno. O esporte como tal renasceu na Europa no século XIX. A crescente aglomeração populacional nas cidades propiciou o interesse pelas atividades físicas, e a existência de uma população estável possibilitou a formação de equipes e a organização de competições segundo regras determinadas, regidas por órgãos locais ou nacionais (federações, comissões).
Além disso, surgiram novos esportes, uns motivados pelo desejo de contato com a natureza -- esqui, montanhismo --, outros pela invenção de veículos como a bicicleta e o automóvel. O progresso das comunicações, fosse por ferrovias, rodovias ou vias aéreas, favoreceu também as associações desportivas no plano nacional e internacional.
O renascimento dos Jogos Olímpicos, em 1896, deu grande impulso às competições internacionais. Seu artífice foi um francês, o barão Pierre de Coubertin, que os concebeu com caráter amadorístico e formulou a célebre máxima "o importante não é vencer, mas competir". Para promover os Jogos Olímpicos criou-se um Comitê Olímpico Internacional, ao qual caberia ainda garantir que os Jogos continuassem norteados pelo espírito que inspirou seu renascimento e incentivar o desenvolvimento do esporte. Além disso, cada país que desejasse participar dos Jogos Olímpicos deveria ter um comitê olímpico nacional independente e autônomo, voltado para o desenvolvimento e a promoção do movimento olímpico e do esporte amador nesse país.
Profissionalismo. O esporte olímpico tem-se caracterizado tradicionalmente por uma suposta ausência de interesses materiais, o que deu origem ao problema do profissionalismo. Sempre se distinguiu entre o esporte amador e o profissional. O esportista amador, em uma definição esquemática, é o que compete unicamente por amor ao esporte, enquanto o profissional o faz por dinheiro. O problema dessas definições está em que, quando se pretende alcançar um alto nível de competitividade fica difícil combinar a prática desportiva com outra atividade, e isso tem contribuído para que cresça cada vez mais o número de desportistas profissionais. Os profissionais, antes barrados de um modo ou de outro nas competições olímpicas, passaram a ser aceitos praticamente sem restrições nos Jogos de 1992, em Barcelona.
A polêmica acerca da profissionalização no esporte baseia-se com freqüência na suposição de que o único objetivo do desportista profissional é o econômico, pressuposto que não se aplica a outras esferas. Assim, por exemplo, são muitas as pessoas que praticam a música por amadorismo; no entanto, considera-se perfeitamente lógico que alguém decida tornar-se músico profissional, o que não implica desprezar a música, mas, antes, poder dedicar-se em tempo integral. O debate sobre a profissionalização, portanto, decorre menos de uma questão ética quanto de uma dificuldade prática em estabelecer distinção clara entre o campo profissional e o amador.

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