DR. TARCIZIO PIMENTA SUZART JÚNIOR
Um dos grandes problemas que a sociedade feirense enfrenta na atualidade está intrinsecamente ligado aos relacionamentos interpessoais. O modelo de sociedade competitiva à qual estamos atrelados estimula o desenvolvimento de relações que, até certo ponto, são nocivas ao convívio social harmonioso. Um dos aspectos derivados dessa estrutura é a desigualdade.
A desigualdade gera carências em inúmeros aspectos como, por exemplo, na falta de oportunidade. A escassez de oportunidades, com o propósito da vivência de experiências nos mais diversos âmbitos – político, social, educacional, esportivo, acaba impedindo que as pessoas possam evoluir e se emancipar como seres humanos, suprimindo, muitas vezes, o desenvolvimento de talentos.
Em se tratando mais especificamente do objeto de estudo aqui abordado, o esporte, sabe-se que ele tem como base não só a vivência motora, mas também o desenvolvimento de uma série de fatores mentais, sócio-afetivos e cognitivos. Pode-se então afirmar que a não-vivência da prática esportiva daqueles que não têm acesso ou condições de participar de escolinhas esportivas em clubes e instituições privadas, pode ser no mínimo um diferencial na vida de crianças e adolescentes que se encontram distantes das
oportunidades que a sociedade proporciona.
Destacamos o idealismo concretizado dando ênfase às questões voltadas para a eliminação da injustiça social. Referindo-se em particular aos Jogos Olímpicos, dizem que estes não surgiram para simples exibições de superioridade de performance atlética, mas como um veículo de transformação social e educacional. Aliás, nas tradições olímpicas, a expressão Esporte para Todos foi cunhada pelo barão Pierre de Coubertin ao adotar uma postura de popularização democrática do esporte.
Partindo dessa linha de raciocínio, projetos esportivos de cunho social são ou deveriam ser reconhecidos pela sociedade em geral, e mais especificamente pelos seus governantes, como agentes de transformação e/ou emancipação social. Dentro dessa perspectiva, temos como questão de pesquisa o seguinte questionamento: Quais aspectos político-educacionais estão envolvidos/presentes em projetos esportivos sociais?
O esporte, na perspectiva político-social, nos remete a uma reflexão sobre a perda de espaços sociais que as comunidades urbanas carentes vêm sofrendo. Indica ser essa uma das inúmeras causas que geram e sustentam um nível de violência social. Em um estudo na área da Educação Física, realizado com crianças de rua, externa uma das características básicas do ser humano em situações limites: a perda dos valores básicos da sociedade, chegando à conclusão de que se torna quase que impossível falar de amor e altruísmo onde impera a fome e a miséria.
Somado a isso, acrescentamos que a carência de medidas econômicas, devido a crise que nos assola, a falta de emprego, o aumento constante dos custos dos serviços básicos e dos impostos aos consumidores, junto com a queda dos recursos econômicos governamentais designados a programas de ação social, determina uma realidade complexa e difícil. Quando o assunto refere-se a pessoas carentes e instáveis economicamente, as implicações sociais são muito semelhantes em qualquer lugar do mundo.
O que difere são as oportunidades proporcionadas a esses indivíduos através de iniciativas de organizações e/ou pessoas que utilizam recursos alternativos ao financeiro. No caso da Educação Física e do esporte como agentes de emancipação social, mais especificamente, a importância em transformar a realidade social consiste em uma ação esportivo-social.
Como se pode observar o esporte deixou de perspectivar-se apenas no rendimento e conseguiu também incorporar os sentidos educativos e do bem-estar social. Em outras palavras, o esporte não é mais apenas uma prática motora que visa a competição ou o alto rendimento, mas quando bem objetivado, pode se tornar uma ferramenta imprescindível para a transformação social.
Afirmamos que o esporte é um fenômeno social de grande relevância nos tempos modernos, revelando, assim, um mundo que necessita sempre ser estudado.
Pode se apontar que o universo esportivo, pela magnitude que assumiu na atualidade, torna aspectos econômicos, sociais e políticos partes integrantes de qualquer discussão envolvendo esporte. Em uma revisão histórica do esporte, afirmamos que ele merece novas abordagens e estudos para que a sua dimensão social seja entendida. Isso se deve em função de seu conceito compromissado com a educação, socialização, saúde, lazer e também do rendimento, sendo visto, hoje, como um direito de todos.
Chamamos a atenção para a importância da pedagogia do desporto na formação da cidadania contemporânea. Observa-se que o esporte exerce um papel fundamental no desenvolvimento comportamental e relacional do ser humano. Partindo desse argumento, confirmamos que o esporte se trata de um fenômeno humano: as tramas que são desencadeadas pelas relações sociais se caracterizam dentro do contexto político vinculado irrefutavelmente ao curso da história. Contudo, questiona-se: e aqueles que não possuem a oportunidade de participar ativamente desse curso?
A carência de subsídios e intenções para a elaboração de projetos esportivos de cunho social, onde o ser humano possa ser abordado na sua totalidade, deve ser combatida. Não se minimiza aqui a necessidade de locais que sirvam para a prática esportiva.
Apenas se repensa a importância de um contexto aonde se conduzam os participantes à prática dirigida por pessoas que tenham objetivos que ultrapassem apenas a vivência, mas que visem também o acréscimo pessoal e coletivo.
Mesmo com todas as dificuldades encontradas, existem profissionais preocupados com o rumo da sociedade e que acabam contribuindo com a elaboração e a realização de projetos sociais.
A importância dos trabalhos em grupo em projetos sociais esportivos é destacada sempre pelas diversas entidades e associações desportivas de Feira de Santana, onde a atenção é voltada para a oportunidade do aprendizado através da convivência, ou seja, por meio da troca de idéias, de questionamentos a si mesmo e aos seus companheiros. E, com isso, possibilita tornar o ser humano capaz de interferir em seu próprio comportamento de forma consciente.
A desigualdade gera carências em inúmeros aspectos como, por exemplo, na falta de oportunidade. A escassez de oportunidades, com o propósito da vivência de experiências nos mais diversos âmbitos – político, social, educacional, esportivo, acaba impedindo que as pessoas possam evoluir e se emancipar como seres humanos, suprimindo, muitas vezes, o desenvolvimento de talentos.
Em se tratando mais especificamente do objeto de estudo aqui abordado, o esporte, sabe-se que ele tem como base não só a vivência motora, mas também o desenvolvimento de uma série de fatores mentais, sócio-afetivos e cognitivos. Pode-se então afirmar que a não-vivência da prática esportiva daqueles que não têm acesso ou condições de participar de escolinhas esportivas em clubes e instituições privadas, pode ser no mínimo um diferencial na vida de crianças e adolescentes que se encontram distantes das
oportunidades que a sociedade proporciona.
Destacamos o idealismo concretizado dando ênfase às questões voltadas para a eliminação da injustiça social. Referindo-se em particular aos Jogos Olímpicos, dizem que estes não surgiram para simples exibições de superioridade de performance atlética, mas como um veículo de transformação social e educacional. Aliás, nas tradições olímpicas, a expressão Esporte para Todos foi cunhada pelo barão Pierre de Coubertin ao adotar uma postura de popularização democrática do esporte.
Partindo dessa linha de raciocínio, projetos esportivos de cunho social são ou deveriam ser reconhecidos pela sociedade em geral, e mais especificamente pelos seus governantes, como agentes de transformação e/ou emancipação social. Dentro dessa perspectiva, temos como questão de pesquisa o seguinte questionamento: Quais aspectos político-educacionais estão envolvidos/presentes em projetos esportivos sociais?
O esporte, na perspectiva político-social, nos remete a uma reflexão sobre a perda de espaços sociais que as comunidades urbanas carentes vêm sofrendo. Indica ser essa uma das inúmeras causas que geram e sustentam um nível de violência social. Em um estudo na área da Educação Física, realizado com crianças de rua, externa uma das características básicas do ser humano em situações limites: a perda dos valores básicos da sociedade, chegando à conclusão de que se torna quase que impossível falar de amor e altruísmo onde impera a fome e a miséria.
Somado a isso, acrescentamos que a carência de medidas econômicas, devido a crise que nos assola, a falta de emprego, o aumento constante dos custos dos serviços básicos e dos impostos aos consumidores, junto com a queda dos recursos econômicos governamentais designados a programas de ação social, determina uma realidade complexa e difícil. Quando o assunto refere-se a pessoas carentes e instáveis economicamente, as implicações sociais são muito semelhantes em qualquer lugar do mundo.
O que difere são as oportunidades proporcionadas a esses indivíduos através de iniciativas de organizações e/ou pessoas que utilizam recursos alternativos ao financeiro. No caso da Educação Física e do esporte como agentes de emancipação social, mais especificamente, a importância em transformar a realidade social consiste em uma ação esportivo-social.
Como se pode observar o esporte deixou de perspectivar-se apenas no rendimento e conseguiu também incorporar os sentidos educativos e do bem-estar social. Em outras palavras, o esporte não é mais apenas uma prática motora que visa a competição ou o alto rendimento, mas quando bem objetivado, pode se tornar uma ferramenta imprescindível para a transformação social.
Afirmamos que o esporte é um fenômeno social de grande relevância nos tempos modernos, revelando, assim, um mundo que necessita sempre ser estudado.
Pode se apontar que o universo esportivo, pela magnitude que assumiu na atualidade, torna aspectos econômicos, sociais e políticos partes integrantes de qualquer discussão envolvendo esporte. Em uma revisão histórica do esporte, afirmamos que ele merece novas abordagens e estudos para que a sua dimensão social seja entendida. Isso se deve em função de seu conceito compromissado com a educação, socialização, saúde, lazer e também do rendimento, sendo visto, hoje, como um direito de todos.
Chamamos a atenção para a importância da pedagogia do desporto na formação da cidadania contemporânea. Observa-se que o esporte exerce um papel fundamental no desenvolvimento comportamental e relacional do ser humano. Partindo desse argumento, confirmamos que o esporte se trata de um fenômeno humano: as tramas que são desencadeadas pelas relações sociais se caracterizam dentro do contexto político vinculado irrefutavelmente ao curso da história. Contudo, questiona-se: e aqueles que não possuem a oportunidade de participar ativamente desse curso?
A carência de subsídios e intenções para a elaboração de projetos esportivos de cunho social, onde o ser humano possa ser abordado na sua totalidade, deve ser combatida. Não se minimiza aqui a necessidade de locais que sirvam para a prática esportiva.
Apenas se repensa a importância de um contexto aonde se conduzam os participantes à prática dirigida por pessoas que tenham objetivos que ultrapassem apenas a vivência, mas que visem também o acréscimo pessoal e coletivo.
Mesmo com todas as dificuldades encontradas, existem profissionais preocupados com o rumo da sociedade e que acabam contribuindo com a elaboração e a realização de projetos sociais.
A importância dos trabalhos em grupo em projetos sociais esportivos é destacada sempre pelas diversas entidades e associações desportivas de Feira de Santana, onde a atenção é voltada para a oportunidade do aprendizado através da convivência, ou seja, por meio da troca de idéias, de questionamentos a si mesmo e aos seus companheiros. E, com isso, possibilita tornar o ser humano capaz de interferir em seu próprio comportamento de forma consciente.
ESPERAMOS O ESPORTE MAIS VIVO DO QUE NUNCA NO SEU GOVERNO, POIS ELE ESTREITA AS RELAÇÕES DE AMIZADE ENTRE OS MUNÍCIPES, BEM COMO OPORTUNIZA O DESENVOLVIMENTO DE TALENTOS. (Por Cláudio Boaventura)
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