Arcebispo Metropolitano
A proposta de comemorar no dia 8 de março de cada ano, o Dia Internacional da Mulher, feita em 1910, selava simbolicamente um avanço na caminhada libertadora da mulher na busca de sua emancipação social. O dia 8 de março é data de morte de 129 mulheres operárias de uma indústria têxtil de Nova York, em 1857. Tinha início o sonho de igualdade entre homens e mulheres.
UM DOS MAIORES avanços humanos e sociais ocorridos nos últimos anos é a passagem da mulher como vítima de preconceitos para ser protagonista de sua ascensão e libertação. Assiste-se, hoje, em todas as partes do mundo, em todos os segmentos da sociedade e em todas as áreas profissionais, a mulher lutando pelos seus direitos de oportunidade e condições, sem negar sua feminilidade, sua sensibilidade, sua ternura e sua elegância.
HOJE, A MULHER deixa a casa, assume o planejamento familiar, adere à profissionalização, ingressa em universidades e participa, em iguais condições, de concursos. É a mulher economicamente ativa e politicamente atuante. Ela quer ser protagonista para assumir a vida e tomar decisões com liberdade, autonomia e responsabilidade.
A MULHER brasileira, também, colhe os frutos de décadas de luta. Obtém conquistas no campo da política e dos direitos humanos e, entre outros avanços, aumenta sua participação no mercado de trabalho, onde já ocupa mais de 40% das vagas. Mas, por mais absurdo, que possa parecer, a mão-de-obra feminina tem remuneração bem inferior à masculina na mesma atividade. A mulher sente dificuldades de se aproximar do poder. Hoje, representa apenas 5,7% dos prefeitos, 11,6 dos vereadores, 6,1% do Senado e 6,6% da Câmara Federal.
SE DE UM LADO, cresceu a presença da mulher que trabalha e que chefia a família, de outro, aumentou também a exposição feminina como objeto de desejo numa sociedade de consumo. O terreno da sexualidade parece ser o mais fértil para essa queda de padrões de comportamento por parte de algumas mulheres.
DEPOIS de superar percalços históricos, a mulher brasileira, consciente e responsável, se vê diante de um novo desafio. Recentes letras de música e outras “Manifestações Culturais” (?), presentes no rádio e na Tv, induzem à vulgaridade, ofendem, estimulam a agressão e estabelecem uma nova forma de discriminação contra o sexo feminino.
Fonte: www.fsonline.com.br
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